Bem vindo(a)s a mais uma edição do Notes by Letícia! Estamos caminhando para o final do ano, em um piscar de olhos, já estamos em dezembro com filmes de Natal.
Para mim 2024 foi um ano cheio de mudanças, com muitos aprendizados. Olhando para a newsletter especificamente, foi um dos pontos que realmente voltei a focar e estou muito feliz com o resultado, o poder da consistência é muito grande.
Durante os últimos meses venho acumulando muitos conteúdos lidos sobre o estado do mercado de Venture Capital, com foco em seu futuro, mudanças e diferentes consequências que poderão ser observadas nos próximos anos. Então, hoje eu trouxe um compilado desses conteúdos com uma dessas visões para discussão.
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Que o mercado está mudando todos sabem, e os acontecimentos nos últimos anos também, mas como será o estado do Venture Capital nos próximos anos é uma incógnita. Algo as vezes deixado de lado é o desenrolar do futuro da dinâmica do VC, fundos, gestoras e Venture Capitalists, que são uma parte importante do quebra-cabeça.
Começando por 2012, no artigo de Mark Suster, partner na Upfront Ventures e founder da Koral, comprada pela Salesforce, traz um cenário de 2000 - 2010 que teve pontos específicos que contribuiram para o baixo desempenho da classe de ativos, sendo eles:
Tecnologia permitindo menor custo de escala (Cloud);
Aumento no número de VCs e um alto montante sendo investido na categoria
In 1998 there were around 850 VC funds and by 2000 there were 2,300. Thomson Reuters data shows that around $10 billion of LP money went into VCs per year pre bubble. By 2000 the total LP commitments had mushroomed to more than $100 billion.
Janela de IPOs não favoráveis e com M&As que não estavam suprindo a necessidade de retorno financeiro.
Agora, em 2022, o artigo produzido pela QED Investors, traz grandes pontos de mudança do ecossistema (bem semelhantes):
crescimento de investimento em VC;
grande número de unicórnios sendo criados em um curto período de tempo;
Infraestrutura de escala, conhecimento e funding em um mesmo momento amplamente disponíveis;
Aumento de investimentos no mercado privado.
A Sifted, em 2023, também traz uma percepção de mudança:
menor necessidade de capital e por consequência menores rodadas de investimentos ;
mudança de framework de decisão de investimentos;
mercado sem espaço para um grande número de fundos gigantes.
A VICE traz mais pontos interessante:
possibilidade dos LPs estarem muito alocados em VC, acima do ideal;
diminuição de tamanho de fundos por não atingimento do objetivo de captação;
mercado overcrowded por VCs.
“That is, I think, a sign of what's to come, which is: it's going to be hard,” said Mohnot. Others agree. “I don't think we've seen the worst of it yet—by a wide margin,” added Wenger of Union Square Ventures. “It'll be hard to say how much it'll shrink, but it'll shrink for sure.” The biggest brands in the business—think Sequoia Capital—will likely be fine due to long-term relationships with their LPs, but the hundreds of other smaller VC firms are left to fight for the scraps or even facetime. “For many funds, it is harder to establish new LP relationships,” said Dan Abelon, a VC at Two Sigma Ventures.
E para finalizar a Curious Compass também traz mais um ponto, na visão de diferencial que VCs precisam ter:
utilização de dados e AI para melhor tomada de decisões em investimentos nesse novo cenário desafiador.
Parece ser uma visão super pessimista, colapso no mercado e fim do Venture Capital. Mas na realidade é um momento de inflexão, nem todos esses pontos vão trazer o efeito esperado, enquanto outros sim, trarão. Contudo, isso não quer dizer que seja ruim, mas sim algo natural, ciclos no mercado financeiro.
Em um mercado em mudanças e mais competição, é necessário maior geração valor e criação de diferenciação. Esse é o ponto que a QED Investors traz no final do seu artigo, trazendo 4 pontos de estabilidade no mercado:
Escala: grande alcance, ocupado por grandes players como a16z e Sequoia;
Non-Consensus Alpha: investimento em business não óbvios, ocupado por players como Benchmark e First Round;
Late Stage Generalists: fundos late stage com teses amplas, como Tiger;
Solo Capitalists: fundos organizados por uma pessoa com influência, como Harry Stebbings e Naval Ravikant.
Vejo que o cenário realmente irá pedir pontos de diferenciação e os players que surfaram essa onda vão se posicionar de alguma forma trazendo um diferencial em sua estratégia.
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